- BURACO NEGRO -
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Onde está meu amor?
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
A beija-flor
Beija-flor (João Caetano)
Caso eu me atrasa-se, ela batia velozmente suas asinhas em frente a minha varanda esperando eu colocar seu bebedouro amarelo...
E eu me sentia na função de fornece-la todos os dias... Não me sentiria nem um pouco bem se a deixasse sem o seu precioso açúcar, afinal, eu a adaptei, acostumei ela a essa rotina, tornei-a dependente de mim...
Então um dia viajei, passei quatro dias fora, egoistamente nem me dei conta que deixei um pedaço de mim aqui.
Quando percebi do feito, voltei imediatamente pra casa, abri a porta do apartamento estupidamente forte, e a deixei escancarada, corri até a varanda e lá estava ela, linda, perfumada, mas desta vez sem bater as asas... Nem seu pequenino coração batia, estava magra, desnutrida, morta.
Eu a matei, foi um homicídio culposo.
Quando a vi, estagnada, sem nenhum movimento, imediatamente cai em prantos, a peguei na palma da mão e ali fiquei, lembrei de todas as vezes que a via bebendo do meu bebedouro, que era por direito dela... Dias de chuva, sol, ela sempre foi fiel a mim... Como eu pudi ser tão egoísta? Me acalmei, preparei a mesma dose de água com açúcar que fazia pra ela todos os dias e bebi. A coloquei num saco verde, do petshop da esquina, de onde eu lhe trazia um novo bebedouro e desci.
Passei pela portaria de cabeça baixa, seu Miguel reparou e me cumprimentou, respondi e segui, sai naquela chuva rala, fui até o jardim mais belo da cidade, já eram umas 20h, haviam poucas pessoas ali, um ou dois casais de namorados.
Me agachei e delicadamente cavei um buraco entre as rosas mais lindas do jardim, enterrei a beija-flor e voltei pra casa.
Hoje todos os dias passo pelo jardim e observo as lindas rosas, as rego todos os dias, e cuido delas, já que ali encontra-se minha beija-flor, o meu amor.
E só hoje vim compreender aquele antigo ditado: 'Só damos o devido valor, depois que perdemos' Pura verdade."
sábado, 5 de novembro de 2011
SAMBA NAÇÃO
SAMBA NAÇÃO
Oxente, que avexo é esse?
Você entra sem axé e ainda quer tomar parte do meu samba?
Nada disso seu “dotô”, se retire por favor
Aqui é casa de bamba
Aqui só samba, quem ama
Quem é do bem, e o mesmo faz
Aqui é sêmba, muzenza, Ogum e seus orixás
Aqui é alegria e felicidade
Sorrisos de verdade, beleza, harmonia e paz
Esse meu samba é da Bahia
Dos terreiros do pelÔ
Dos mocinhos turistas e das meninas nagô
Sem preconceito, sem descriminação
Sambamos todos, uma só nação
Sambas de lavagem,
Sambas de viagens,
Sambas de amor,
Sambamos uma só gente, um só jeito, uma só cor,
Cor do Brasil, do respeito, do orgulho, cor do calor.
(JOÃO CAETANO)
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Amor infantil
Como é bom ser criança
Onde sorrisos sempre são cheios de esperança
Abraços, beijos e apertos de mão
São sempre do bem, do lindo, de coração
Mas a inocência infantil não é pra sempre
Crescemos e vemos, aprendemos e nos arrependemos
Amamos e sofremos, rimos e choramos
Mas o importante é que amamos
Um amor não tão infantil
Talvez um amor doentio
Sorrisos nem sempre são de paz e coração
Socos ao invés de apertos de mão
Lágrimas são posta no lugar de provas de amor
A tristeza reina nos corações do que amam
E nos de que não amam também
Um “eu te amo” está cada vez mais comum de se ouvir
Mas não são sinceros, são falsos
Assim como quem os pronuncia sem amar
Amar, sobretudo é demonstrar
Quem me dera ser criança de novo
E voltar a amar, por simplesmente amar
E me sentir amado, mesmo sendo um bobo
Um tolo, um ingênuo, pelo menos
Seria
Com certeza
FELIZ!
(JOÃO CAETANO)
O desejo
O DESEJO
O desejo, o ato, o gosto do beijo
A vontade, o anseio, o carinho, o receio
O medo, a aflição, o frio na barriga e fogo no coração
Palpitação, respiração ofegante, queixo no chão
São esses sintomas comuns de uma paixão
De um bem querer, de um amar, gostar, cuidar
O se entregar de corpo alma, na hora de beijar
De falar, prometer, jurar
E a cada beijo, cada vez mais se apaixonar
A cada abraço amigo, namorado, irmão, quente, frio
Se sentir protegido, por simplesmente está amando
Desejando, ansiando, e a cada olhar bandido
Faz-se um corte no coração já ferido
Lágrimas que não vem do rosto e sim da alma
Vão escorrendo pelo coração, refrescando a seca solidão
E inundando a saudade, que já não cabe nos peitos dos amores covardes
Amores cruéis e indelicados
Amores, romances, sentimentos desvariados
(JOÃO CAETANO)
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
CABE A NÓS
“A nossa felicidade só depende de nós e de mais ninguém
Não podemos entregar nossos sorrisos nas mãos de qualquer um
Pois meu sorriso, é a expressão da minha alma e do meu coração
E minhas lágrimas também são...
E se por acaso eu entregar de bandeja meu sorriso
E esse alguém por maldade, fugir, sumir e nunca mais voltar?
Como eu ei de ficar? Com meu coração e minha alma a chorar
Chorar sem parar, sem cessar, como uma fonte abundante que nunca irá secar
Por isso minha felicidade trago guardada e reservada em meu peito
E sorrio e brindo a vida com muito respeito, com meus amigos, irmãs, parceiros”
(JOÃO CAETANO)
terça-feira, 20 de setembro de 2011
O ENGRAÇADO, NÃO TEM GRAÇA
O ENGRAÇADO, NÃO TEM GRAÇA
O engraçado é que mesmo rodeado de pessoas
Continuo sentindo-me sozinho
Um tanto abandonado, com falta de carinho
Tanta gente a minha volta
Tantos jeitos, tantos sorrisos, abraços, amigos
Parece que em um universo escuro e de dor
Sou o único que brilha a luz do amor
Queimo em chamas de paixão com intensidade
Do bem, do caráter, do amigo, da verdade
Mas parece que essa minha bolha de bem querer
Vai ser furada pela agulha da maldade e ódio com intensidade
Da falta de amor, de caráter, do bem e da verdade
O engraçado é que na realidade nada disso tem graça.
(JOÃO CAETANO)